Lei que proíbe uso de canudos descartáveis em Macapá é aprovada. Prefeitura precisa sancionar

#AmapaSemCanudo começa a se tornar realidade por Macapá. A Câmara de Vereadores da capital amapaense aprovou o projeto de lei do vereador Nelson Souza (Rede) que proíbe o fornecimento de canudos plásticos.

O projeto prevê que os clientes recebam canudos em papel biodegradável e/ou reciclável individualmente e hermeticamente embalados com material semelhante. Em caso de descumprimento, a primeira autuação será advertência e intimação para cessar as irregularidades e a partir da segunda, multa em dinheiro e possibilidade de fechamento do estabelecimento.

Para entrar em vigor, a lei precisa da sanção da Prefeitura de Macapá.

A aprovação ocorre logo depois da Comissão de Meio Ambiente, que faz parte do Senado, aprovar um projeto de lei que retira de forma gradual o plástico descartável do país e substitui por materiais biodegradáveis.

Assim que aprovada a lei, 20% do plástico deverá ser retirado em até 2 anos. A exigência aumentará para 50% em 4 anos, 80% em 8, e, finalmente, ele será totalmente substituído em uma década de pratos, copos, bandejas e talheres descartáveis.

Em janeiro de 2016 o Fórum Econômico Mundial de Davos informou que o uso maciço de plásticos é tão grande que em 2050 os oceanos terão mais plásticos do que peixes. Em Macapá, a Praça do Coco, que possui 36 quiosques, nos ajuda a entender essa realidade.

Em uma conversa informal com a proprietária do quiosque Cantinho da Lora, ela nos informou que vende em média 70 cocos por dia. Junto com cada um deles, vai um canudinho. Multiplicando essa média por 30 dias, são 2100 canudos por mês. Se esse número for multiplicado por 36, número de quiosques da praça, são mais de 75 mil canudos mensais. Um número não oficial, mas assustador e que não leva em conta as unidades que são utilizadas em refrigerantes, sucos e drinks.

Rafael Guerra

O criativo - Jornalista, canceriano e fã de batatas (fritas, assadas e amassadas).